quinta-feira, 8 de março de 2012
Então hoje é o dia internacional da mulher? Hmm, legal, mas o que se faz num dia como esse? Suponho que seja o mesmo que se faz nos outros dias, viver e (tentar) dar o melhor de si nas coisas que faz. Não gosto de levantar bandeiras feministas e passo longe de qualquer ativismo do gênero (dia da consciência negra, orgulho gay, dia do índio, etc). Creio que se queremos liberdade e igualdade, não há porque assumir uma postura de minoria e exigir obter benefícios extra, o que é um tanto contraditório, uma lei pode ser criada em prol de um grupo ou outro, mas não quer dizer que isso se transformará na prática em respeito, que aliás já se tornou uma palavra banalizada. Exigir respeito é tão estranho quanto exigir o amor ou a lealdade de alguém. Melhor ponderar sobre o que tem feito a si mesmo, aos outros e ao mundo para merecer tal reconhecimento e respeito.
Se queremos comemorar, que seja por algo que batalhamos muito, por esforço, por dedicação e pelo dever cumprido. Pode não ser o caminho mais rápido, mas ao menos oferece uma dignidade que anda tão escassa por esses dias.
Fica a dica de hoje.
Esse ficou muito bom, está ficando cada vez melhor.
ResponderExcluirLogo logo teremos a série de camisetas :-)
Que texto legal, Angela. Concordo com cada palavra. É algo a se pensar, e muito. Também não gosto de levantar bandeiras, e aprendi a duras penas que, se eu não me levar a sério e não me respeitar, ninguém mais fara isso. Antes de exigir respeito devemos nos respeitar e respeitar os outros, devemos pensar em como estamos agindo e o que estamos fazendo.
ResponderExcluirHoje em dia tá na moda puxar saco das minorias para fazer bonito e ser politicamente correto, para se posar de "mente aberta", inteligente. Isso me passa uma impressão de artificialidade muito grande, e para mim isso está longe do verdadeiro respeito, do respeito consciente e fundamentado.
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ResponderExcluirAAAAARH! MALDITAS PALAVRAS DE CONFIRMAÇÃO! apagaram meu comentário!!!
ResponderExcluirBom, como eu ia dizendo...
Gostei muito do texto, nobre Angela. Nos faz mesmo pensar sobre muitas posturas tolas que são celebradas de forma hipócrita atualmente pelas pessoas "politicamente corretas" ou de "mente aberta", que geralmente apenas repetem o que ouvem como papagaios achando que são muito inteligentes e reflexivas.
Concordo plenamente convosco: O importante é a maneira como agimos em relação a nós mesmos e àqueles ao nosso redor. O verdadeiro respeito está em pequenos gestos, colocados em prática todos os dias, e em relação a todas as pessoas.
Celebrar certas causas mais aceitas socialmente para se enaltecer enquanto em seu dia-a-dia você massacra aquilo que você por algum motivo não gosta é algo totalmente fútil e vazio.
Pois é pessoal, realmente é algo para se pensar muito.
ResponderExcluirOs brasileiros tentam copiar padrões e condutas de países e sociedades mais avançadas, é muito bonito pregar a liberdade, igualdade e respeito ao próximo, até certo ponto é válido esse tipo de manifestação, mas infelizmente é muito díficil transpor certas condutas que imperam há muitos anos na nossa cultura, a lei de Gérson lamentavelmente é o maior obstáculo. Todos nós já ouvimos a frase "ser honesto é ser tolo" e sentimos isso na pele diariamente, de pequenos atos a manifestações mais amplas. Veja por exemplo o MST, que a princípio era um movimento que visava uma reforma agrária mais justa e favorável para os pequenos produtores, após alguns anos se transformou em uma gangue de saqueadores e vândalos, totalmente fora de controle. E isso é só um exemplo de muitos por aí. Causas boas até existem, o dificil é levá-las até o fim.